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Salve Galera !!!!
Relato da subida até a “Pedra da Mina” pela Fazenda Serra Fina, (rota de Fuga, “Paoilinho”) cidade de Passa Quatro-MG no dia 01/05/2010.
Marcos e Manoel.
Conhecemos a região da “Serra Fina” no ano passado (Agosto/2009) quando realizamos a travessia completa, sentido tradicional “Toca do Lobo-Pierre” - http://www.mochileiros.com/travessia-serra-fina-2009-t36640.html . E nesse ano vamos relaziar novamente a Travessia. E no dia 28 de abril estávamos combinado alguma Trip pra fazer no feriado de 1º de Maio e surgiu a idéia de subir a te a Pedra da Mina pelo Paiolinho. E fomos nós.....
Saímos de Campos do Jordão-SP por volta das 18:30h. do dia 30/04, e seguimos para Passa Quatro-MG. Chegamos lá sem maiores problemas, depois fomos até o posto e combustível para pegar orientações como chegar até a Fazenda Serra Fina. Pra variar os frentistas do posto deram as informações um pouco equivocadas (temos azar com informações com mineiros); disseram que do centro da cidade até a fazenda tinha 60 km , ficamos pensativos, mas descobrimos que tinha uns 12 km , erraram por pouco né..rsrsrs o acesso é bem fácil, chegando em Passa Quatro nem precisa entrar na cidade, passa a 1ª entrada seguindo uns minutos chega-se ao trevo da cidade, vire para direita seguido a placa do “IBAMA”. Após +ou- 2 km no máximo acaba o asfalto, antes do Alambique (não me lembro o nome) vire para esquerda e é só seguir, logo a frente é possível ver algumas plaquinhas brancas com o nome do Bairro e também se referindo a “Serra Fina” elas estão por toda a estrada mais é bom ficar atento, daew sobe, sobe, sobe..... e sobe mais um poquinhu, até enjoa de subir. Nota: se tiver chovido alguns dias antes por ser íngreme a estrada fica muito escorregadia, e lá no topo quase chegando na Fazenda fica meio para carros de passeio por isso tem de tomar cuidado. Nós pegamos barro mais por sorte e conseguimos chegar sem problemas.
Chegamos era umas 22:00h. eu acho, ficamos meio perdidos se poderíamos armar o acampamento antes de conversar com o Senhor que toma conta da fazenda, o povo da roça dorme cedo né. Daew com os cachorros latindo feito loucos apareceu o Sr. José, conversou conosco e perguntamos onde poderíamos armar as barracas, tiramos algumas duvidas a respeito de onde começava a trilha. Comemos algo e fomos dormir para acordar cedo e aproveitar o dia.
Amanheceu o dia já acordamos com o barulho dos cavalos da fazenda andando em volta das barracas. Fomos preparar algo pra comer e logo levantamos acampamento e nos arrumamos. O senhor José apareceu com um livro nas mãos, era uma daqueles para registrar que sobe a trilha, e nos contou uns causos de uma galera que teve que ser resgatada por helicóptero, pois se perderam na trilha. Mas é aquele esquema, tomar muito cuidado porque não parece, mais há alguns lugares muito fáceis de perder. Agradecemos e pagamos a ele R$ 10,00, para a estadia do carro, e seguimos a trilha.
A 1ª parte não é difícil, anda numa trilha de cavalos que fazem o transporte das batatas cultivadas lá. Mais à frente passamos por dois pontos de água, não era hora de se carregar de água, só o suficiente para se hidratar um pouco. A trilha atravessa um rio no caso esse é o penúltimo ponto de água que encontrará pegue no máximo hidratação para +ou – 1h à 2h.de caminhada, para subir leve. Mais a frente chega um ponto da trilha que há uma bifurcação, tem umas fitas amarradas nas árvores e também uma lata(pode ser que não esteje lá ou ateh mesmo muito enferrujada), cuidado, siga para direita subindo. Um poko mais acimas chegamos até o lugar da 1ª área de camping, descansamos um pouco, a trilha segue para direita, subindo. Ali já dá pra ouvir o barulho de água que fica a esquerda da trilha, é chegada a hora de virar um “camelo”, para não passar por apuros, tem de se carregar de água, nós enchemos uma garrafa PET de 2L. cada e mais duas garrafinhas de 500ml. para garantir a volta também (há alguns relatos, arquivos de GPS, mapas, etc, que mostra mais alguns pontos de água depois desse trecho, mais dependendo da época é possível que eles não estejam lá, chamam de água de verão). Desse ponto em diante a trilha fica difícil, é um “trepa pedra”, “escalaminhada” (chamem como quiser porque é osso) que não acaba mais, a trilha é muito em pé, e segue por meio das pedras, que serão sua companhia por todo o percurso, importantíssimo é sempre ficar atento aos tótens de pedras, são uma mão na roda para não se perder. Paramos num topo de um morro era umas 11:00h. para comer algo e descansar para vencer a subida. O tempo deu uma fechada, a neblina pegou feio ficamos apreensivos e tocamos em frente. Cada hora que vencíamos um morro, avistamos outro a frente maior ainda, desce e sobe, desce e sobe. Enfim avistamos a “Pedra da Mina”, na verdade o Manoel, porque eu até duvidei, tava perdido no meio de tantas montanhas. Os dois morros que nos separavam do objetivo final eram bem complicados de subir, mas a vontade de chegar era maior. E enfim chegamos ao topo a 2.797 metros de altitude (media oficial pelo IBGE, no nosso GPS marca exatos 2.800m.), no total gastamos 06:30h. de caminhada. Curtimos o visual descansamos um pouco e descemos numa área um pouco abaixo para armar o acampamento. Comemos algo e ficamos tirando fotos e admirando o lugar. O sol começou a desaparecer no horizonte era umas 18:00h. a temperatura era por volta dos 10ºC, e não ventava nada, quando se pôs por completo o bicho pegou, a temperatura caiu muito rápido, entramos nas barracas para por mais uma camada de roupa, ficamos um tempo dentro das barracas , quando fui sair da barraca reparei que a condensação na parte interior da minha barraca estava congelada, fui dar uma olhada no termômetro que tinha deixado do lado de fora marcava -5ºC às 19:40h., daew pensei “Puts, vai ser uma noite daquelas frio até”, ficamos “encurujados” dentro dos sacos de dormir, depois de algum tempo começou a ventar e com isso a temperatura subiu ficando na média de 3ºC. Aproveitamos e subimos até o topo da pedra pra ver as cidades iluminadas (na 1ª vez que estivemos no ano passado não vimos nada por causa da neblina e do vento). Ficamos enrolando para que o sono aparecesse, descemos de volta ao acampamento comemos algo e fomos dormir para o regresso no outro dia.
Acordamos bem cedo para ver o sol nascer do topo da “Pedra da Mina”, tiramos fotos e descemos para começarmos a arrumar as coisas para a descida de volta. Comemos bem e desmontamos as barracas, foi nessa hora que percebemos a formação de gelo que estava ao nosso lado, nunca tinha visto igual, parecia que o gelo brotava do solo, muito estranho e bonito também, tiramos fotos mas só vendo ao vivo pra ter uma idéia real da coisa. Começamos a descida...
Dizem que “para baixo todo Santo ajuda”, vou ser sincero descer é a pior parte, pelo menos pra mim, no meio do trajeto meus joelhos reclamaram muito. É mais difícil descer aquelas pedras do que subi-las.
Gastamos por volta de 3horas. para chegar até a fazenda, mais pelo esforço parecia umas 12 horas......rsrsrsr. Chegando colocamos a mochila no carro tiramos as botas, e nos despedimos da fazenda, o Sr. José não estava lá mas os cachorros sim, latindo sem parar. Pegamos a estrada morro abaixo na 1ª vila que passamos vimos o Sr. José na beira da rua, agradecemos a hospitalidade conversamos um pouco e acabamos de descer. E seguimos de volta a nossa cidade.
Abraços
Marcos
Link com as fotos.
http://marcosrsantos.multiply.com/
Assita o Video com algumas fotos..
http://www.youtube.com/watch?v=J_nBA8zGji8
Putz putz puuuttzzzzz!!!
ResponderExcluirAgora fiquei com mais instigada ainda de conhecer!!
Esse ano com certeza irei, se Deus permitir =)
Adoreii seu relato, me fez ficar com bichinhos na barriga de vontade hehe
Que época vc indica ser melhor?! Quero ver o pôr do sol, quero estar sobre as nuvens, quero gelo...
E ai?!!
Abç