sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Campos do Jordão à Parati - Bike



Campos do Jordão – Guaratinguetá – Cunha – Parati
28/10/2010
Quando combinamos essa viagem, a intenção era ir no dia 30 de outubro e passar o dia 31 em Parati, daí acontecimentos nos fizeram mudar os planos.
1º: Rolou o 2º turno para Presidente (eu trampo na eleição);
2º: A pessoa que iria fazer nosso apoio mudou de idéia, e foi fazer uma outra viagem;
3º: O Anderson (o outro biker) que iria com a gente, não conseguiu trocar a folga do trampo dele (mais pelo menos conseguiu fazer nosso apoio);
Bom para não dar “Chabu”, conversamos eu, o Anderson e o Manoel decidimos realizar em “um” dia, bater e voltar, o Andersom iria sair daki de Campos mais tarde e nos encontrar no meio do caminho,
Pensamos em um itinerário: chegar a Rodovia SP-171 que leva d Guaratinguetá até Cunha no máximo até o 12:00h., chegar em Cunha até 15:00h. e tentar chegar em Parati por volta das 18:00h.
Bom o trajeto teria duas partes de paradas obrigatórias: Ir até Guaratinguetá, estrada de terra. De Guará até o topo da Serra de Cunha, asfalto. Depois a descida até Parati, estrada de terra novamente. É, teríamos que realizar trocas de pneus para ter um melhor desempenho.
Acordamos cedo, colocamos a mochila nas costas com os comes e as ferramentas, pegamos as bikes e nos encontramos no centro de Campos do Jordão, era por volta de 05:40h. da matina tava escuro ainda, puts fazia uns 3ºC, em cima da bike a sensação despencava, os dedos ficaram até roxos..rsrs.
Sem pestanejar muito e sem pensar direito por causa do frio iniciamos os trabalhos, e seguimos em direção ao Parque Estadual de Campos do Jordão, não tem muita novidade até lá, a rua é asfaltada e com placas, até lá são uns 15 km. Uns 50metros +ou- da entrada do Parque tem um barzinho antes um poco dele tem a uma entrada a direita, há uma placa com os dizeres “Mirante São José dos Alpes” é o caminho, quando chegamos ali o dia já tinha praticamente amanhecido. Entrando nessa estrada não tem erro é só subir, são uns 6 km de subida, mais nesse momento pelo menos o corpo esquentou rsrs.
Já lá em cima há outra placa do Mirante que é à direita no entroncamento, mais nosso caminho é em frente, paramos para descansar um pouco. Desse ponto até começar a descer de verdade a Serra com destino ao Vale do Paraíba são mais 6 km, se não me engano a algumas outras estradas e entroncamentos a esquerda, mais é só seguir em frente. Passamos pela “Pousada Santa Maria da Serra” há varias pessoas e romeiros que usam esse trajeto para ir até Aparecida-SP, e usam essa pousada com para comer, descansar,etc. É um boa pedida pra quem quer comer uma truta, mais não era nosso caso, e logo em frente começa a descida.
Até chegar ao bairro do “Gomeral” a descida em perigosa e íngreme tem muitas pedras soltas, mais o lugar é muito bonito, a região em sua maioria é de pousadas alguns sítios. Avançando mais um pouco, sempre morro abaixo sentido Guaratinguetá, chega ao bairro das “Pedrinhas”, fácil de localizar, pois é onde começa o asfalto. Paramos em um bar logo no começo que fica de frente a escola do bairro, bebemos algo e nos pedimos algumas informações, trocamos os pneus para “slicks”. A frente já tem uma placa grande com o nome “Avenida Trancredo Neves”, essa é a direção que tem de seguir. São alguns quilômetros de boa sem muitas subidas. Chegando a Guaratinguetá paramos para perguntar como fazia para chegar a chegar a Cunha, bom é só seguir as placas que tem levam até a rodoviária, chegando até ela o sentido correto é a sua direita e seguir em frente e passar por baixo da Rodovia “Presidente Dutra”, pronto chegamos a SP-171 era por volta das 10:30h. antes do esperado os primeiros 65 km já tinham sido vencidos. Paramos debaixo de uma árvore a beira da estrada para comer algo, arrumar a mochila e ligar para o Andersom o nosso apoio.
Até Cunha eram mais 46 Km e seguimos em frente no começo foi na boa, mais o sol começou a ficar forte com um céu sem nenhuma nuvem, havia muitas obras na estrada. Alguns quilômetros à frente paramos por causa das obras de recapeamento de um trecho, desse ponto em diante o bicho pegou, há uma Serra antes de Cunha e junto com o sol que nessa hora estava a “pino” foi difícil vence-la, sorte que no meio dela tem uma mina dágua foi à salvação, pois nesse momento estava muito quente, teve uma hora que eu comecei a enxergar as coisas em “câmera lenta”, sério tive que dar uma paradinha estratégica se não iria desmaiar. Um tempo depois o nosso apoio nos alcançou, paramos de novo debaixo de uma árvore para refrescar um pouco, e comemos algo, descansamos jogamos o peso desnecessários das nossas mochilas no porta malas. Combinamos com o Andersom que ele seguiria a frente e pararia a cada 5 km.
Os últimos quilômetros antes de Cunha o asfalto tava ruim demais, muitas saliências buracos e o pior sem acostamento. Chegamos a Cunha era por volta de 15:20h. paramos em um restaurante ao lado do portal de entrada da cidade para beber algo gelado e descansar mais um pouco. Conversamos com o dono do estabelecimento, de inicio duvidou que estávamos vindo de Campos, e até riu da nossa cara quando dissemos que a temperatura era 3ºC quando começamos a pedalar, daí ele olhou para gente e viu que não estávamos sorrindo, e percebeu que estávamos falando a verdade. Perguntamos sobre a estrada, ele tentou nos desanimar, dizia que era muito longe, que as subidas eram muito em pé (depois confirmamos essa ultima informação), mais não nos desanimamos, não muito rsrs. Nos hidratamos mais um pouco, compramos isotônicos, água e pedal na estrada.
Saindo de Cunha de cara tem um “puta” subida, devo confessar depois de +ou- 110 km de pedal e umas 9 horas e meia desde Campos do Jordão, foi osso subir, e essa seria a primeira delas, claro que tem umas descidas depois, mais as subidas superam todas as expectativas, e não tem subida meia boca, todas são bem e pé. E vencer esses 22 km de Cunha até o topo da Serra não foi fácil, parávamos a cada 5 km e algumas vezes bem menos que isso, daquelas paradas estratégicas para ver se as cãibras e as “sonzeiras” de cansaço davam uma trégua. Em alguns momentos doía tudo, costas, braços, pescoço, bunda as pernas eram um caso a parte, as pontadas as cãibras já eram companheiras de viagem. Na boa, nessa parte já estávamos no sacrifício.
“Chegamos ao topo”, o tempo lá em cima não era dos melhores, tava meio nublado, mais depois de tudo que passamos, era o “filé” da viagem às dores até sumiram rsrs. Paramos para comer algo, colocamos os pneus para estrada de terra, porque essa parte da estrada tem muitas pedras e são bem grandes, ai foi só alegria 20 km até Parati “Woohoo!!!”, sem duvida é a melhor parte da viagem, não só porque era morro abaixo mais aquela Serra é demais, só descendo para ter noção de como é bom.
Chegamos à entrada da cidade era 18:40h. estava começando a ficar escuro, eu até queria tirar umas fotos de bike no porto, no centro histórico, etc. Mais a nossa vontade de tomar um banho e comer algo era muito maior, o cansaço tava batendo, e batendo forte. Fomos até o Camping da Praia do Pontal para tomar um banho. Depois de tanto tempo em cima da bike, há essa hora a cueca tava quase fazendo parte do corpo rsrs. Tomamos um merecido banho para arrancar a “nhaca” e relaxar, e fomos procurar algo para comer. Paramos em uma pizzaria que tinha acabado de abrir, tomamos uma merecida cervejinha, porque ninguém é de ferro, comemos e logo depois nos despedimos de Parati e seguimos para a nossa terrinha. UFA!!!
Distância: 160 Km
Velocidade média: 18 km/h
Tempo Total: 12 horas e 50 minutos
Tempo Pedalando: 9 horas 20 minutos
(marcado no velocímetro da bike)
























































































Abraços A todos

Marcos